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Você no controle da sua saúde!

dia-do-coracaoNeste sábado, 17, o Instituto de Doenças do Coração de Londrina (InCor) irá celebrar o Dia Mundial do Coração (29/09) e o Dia do Médico (18/10) com avaliações gratuitas para a população. Um equipe multiprofissional com cardiologista, endocrinologista, nutricionista e enfermagem conduzirá os participantes no “Circuito Saúde”: pressão arterial, peso, altura, circunferência abdominal, cálculo do Índice de Massa Corpórea (MC), glicemia, colesterol, orientações nutricionais e médicas.

A partir das 12 horas, o evento estará aberto no Boulevard Londrina Shopping, para um “bate papo” com profissionais da saúde na “Tv InCor”, com entrevistas conduzidas pelo apresentador Marcão Kareca e veiculadas nos canais digitais www.diamundialdocoracao.com.br e www.facebook.com/IncorLondrina.

Das 14h às 18h será realizado o circuito, para os atendimentos à comunidade. Às 15h, uma apresentação do Ballezinho de Londrina unirá arte e saúde, já que por meio da dança a vida está sempre em movimento. Às 16h, os dançarinos Sassá e Poli, da PS Brasil Danças Urbanas, irão ensinar passos em diferentes ritmos, convidando os participantes a “se mexerem” e a descobrirem alternativas prazerosas e divertidas para sair do sedentarismo.

O diretor do Ballezinho, Wagner Rosa, conta que os trabalhos do grupo discutem temáticas relacionadas à natureza humana. “O corpo reflete as estruturas culturais das quais faz parte e, em cada peça desenvolvida, nossa própria identidade e ponto de vista são expostos. Em nossa história, o Ballezinho de Londrina contabiliza 20 montagens, apresentando-se para mais de 310 mil espectadores, abrangendo um público variado com a proposta de aproximar o cidadão da arte e da dança”, diz.

Você no controle!

Em sua terceira edição consecutiva, o evento deste ano propõe uma reflexão sobre a autogestão da saúde, já que comumente ‘gerenciamos’ várias atividades da vida, mas deixamos a própria saúde em segundo ou último plano. “Precisamos ter um olhar diferente para o que é prioridade. Nos preocupamos com os estudos, com a profissão, em ganhar dinheiro, com os relacionamentos e tantas outras coisas, mas nos esquecemos de que o mais importante fica em segundo plano, ou mesmo desprezado. Como você cuida da saúde? Queremos despertar essa consciência, de que cada um é responsável em ter uma vida com mais qualidade, saudável. Por isso, é preciso conhecer e tratar os seus fatores de risco“, orienta Icanor Ribeiro, cardiologista.

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Segundo o médico, as pessoas desenvolvem doenças cardiovasculares em consequência dos chamados fatores de risco. Além da genética familiar, destacam-se: pressão alta, diabetes, taxas elevadas de gordura no sangue e tabagismo. A obesidade, especialmente quando localizada no abdômen, o sedentarismo e o estresse emocional completam a lista de vilões do coração. “Esses fatores representam um risco diferente e variável para cada pessoa. Contudo, quando existe a associação de mais de um deles, então o perigo pode aumentar significativamente”, alerta Ribeiro.

Apesar de simples, a fórmula para ter saúde funciona e é recomendada por médicos de diferentes especialidades. Chamada pelo InCor de “equação do amor pela vida”, ela é divulgada como campanha de prevenção para crianças, jovens, adultos e idosos: Alimentação balanceada + Controle do peso + Exercícios = Coração saudável. Assim, caminhar 30 minutos por dia, comer mais frutas e verduras do que fast food, trocar o refrigerante por suco ou água e dormir melhor são práticas preventivas que podem fazer toda diferença.

Alguns números

As doenças cardiovasculares são responsáveis por 17,3 milhões de mortes no mundo, anualmente. No Brasil, cerca de 300 mil morrem a cada ano: 820 óbitos por dia, 30 por hora ou uma morte a cada 2 minutos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a previsão para 2040 é que o país tenha a maior mortalidade por doenças cardiovasculares. Dentre as doenças que mais matam e poderiam ser evitadas, estão o infarto, derrame cerebral, insuficiência cardíaca e renal e a morte súbita.

Dados da Coordenadoria de Sistemas de Informações Epidemiológicas do Município, sobre os residentes em Londrina, apontam:

2015

  • Informações preliminares (sujeitas a alterações), de janeiro a agosto, indicam 2.465 óbitos, sendo 131 (21,8%) por doenças isquêmicas
  • Deste total, 92 pessoas morreram por infarto do miocárdio
  • Pessoas acima 65 anos representam o maior número de casos, com 83 óbitos (63,5%) por doenças isquêmicas do coração

2014

  • 24,5% do total de óbitos (3.583) tiveram como causa doenças isquêmicas do coração, ou seja, 230 mortes
  • Deste montante, 159 tiveram como causa o infarto do miocárdio
  • Pessoas acima dos 65 anos foram as mais acometidas, com 154 óbitos (66%) entre as doenças isquêmicas do coração

2013

  • 20,3% do total de óbitos (3.503) tiveram como causa doenças isquêmicas do coração (181 óbitos)
  • Deste montante, 123 tiveram como causa o infarto do miocárdio (quase 68%)
  • Pessoas acima dos 65 anos representaram 117 dos óbitos (64,6%)

Fonte: SIM/DATASUS/MS.

Para Icanor Ribeiro, esse processo contínuo de informação e mudança de comportamento é fundamental para uma cenário mais promissor. “O excesso de peso, a hipertensão, diabetes, sedentarismo e a má alimentação, continuam sendo práticas preocupantes. Falamos disso todos os anos, mas as pessoas estão cada vez mais sobrecarregadas, estressadas, ansiosas, cuidando de “tudo”, menos de si mesmas. O nosso alerta, em especial, é para essa autoanálise e as decisões ‘agora’ possam mudar favoravelmente a saúde daqui alguns anos”, reforça.

  • A Hipertensão arterial acomete cerca de 20% dos brasileiros adultos, sendo mais expressiva na população acima dos 65 anos de idade, 54%, o que representa 30 milhões de pessoas
  • As taxas de tabagismo ainda são elevadas, presentes em 10,8% da população, sendo o hábito de fumar mais comum nos homens (12,8%) do que nas mulheres (9,0%)
  • Em relação ao colesterol, sabe-se que 30% da população têm taxas elevadas e cerca de 13 milhões de brasileiros são diabéticos
  • O número de brasileiros com excesso de peso voltou a crescer. Há oito anos, 43% da população estava acima do peso. Em 2014, o índice subiu para 53,5% – sendo 56,5% da população masculina e 49,1% da feminina. Sobre os obesos, a incidência atinge 17,9% das pessoas – 17.6% de homens e 18,2% de mulheres obesas
  • Finalmente, em relação aos exercícios, 35,5% da população é considerada  ativa, realizando mais de 150 minutos semanais de atividade física


Adriana Marques
Jornalista | MTB PR 3984 | Assessoria de Imprensa InCor Londrina